20 de mai. de 2013

Entre a liberdade e a segurança - reflexão..




Passei grande parte da minha vida pensando que a felicidade era feita de pequenos momentos de alegria. Hoje descobri que ela é o nosso estado natural. A tristeza, solidão e outros sentimentos que nos causam angústia são ilusórios.
Nossa alma é plena e feliz...
Mas para alcançar esse tão almejado estado temos que reconhecer nossa essência, real identidade, que está para além dessa existência.
Não podemos libertar-nos do nosso ego, ele não é bom, nem mau, apenas necessário.

Nós humanos necessitamos  de um ego, não podemos destituí-lo, pois ele é o fator organizador de nossa vida, portanto muitas vezes, apesar de necessário é aprisionador, pois temos que nos conter para caber nas regras sociais.
Apenas id(instinto) não cabe em uma convivência social, pois, se assim fosse, não saberíamos conviver nessa esfera tempo/espaço. Acabaríamos por nos perder dentro de tantas possibilidades e confundir as nossas necessidades humanas, com as animais e espirituais.
Mas o que podemos fazer entre essa sensação de prisão, utopia, autonomia???

É perceber o ajuste adequado entre liberdade e segurança. E ao pensar na ética, onde acaba meu espaço e começa o do outro, sermos livres dentro de um espaço possível, onde haja uma proteção de nós mesmos e do nosso irmão,caso contrário, transforma-se em tirania, imposição de uma falsa liberdade em que pode-se tudo retirando de quem está do nosso lado a sua liberdade, cuidado e respeito.

Venho pensando muito sobre isso, inclusive no desenvolvimento infantil, o espaço do estruturar-se/constituir-se está entre essa tênue relação entre autonomia e segurança... um pouco a mais, um pouco a menos, transforma-se em sentimentos negativos...

Daí saímos do nosso estado natural (essencial e pleno). Sentindo-nos presos ou soltos demais, ambas as condições geram sofrimento...

Liberdade só existe dentro da esfera do ser com o outro...

Miliane Tahira


6 comentários:

  1. Os parabens da poesia merecidos a você que inova, cria, pensa e dialoga.

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    1. Grata, Josué Ramiro,.amigo poeta. Tudo que nos inspira toca o coração dos nossos irmãos pois temos a mesma substância. Beijocas.

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  2. Belíssimo... e muito inspirador! Abraços fraternos. Antonio Carlos

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    1. Grata por sua participação, caro amigo. Abraços luminosos!

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  3. Se a felicidade é um estado natural e se para alcança-la temos que reconhecer a essência na sua totalidade o “ego” tem um papel fundamental, pois sem tomar partido fica apenas observando a disputa do superego e do id, para saber que lado deve pender. A prisão é liberta quando conseguimos descobrir o que é ser livre, o que é poder usufruir de uma liberdade segura. Adorei oi seu escrito, comungo com você na necessidade do “ego”, como ele nos faz bem. kkk

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    1. Exato, amigo. Não temos como existir nesse espaço/tempo sem ego, isso seria o mais alto grau de loucura.. abraços.

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